De acordo com Emmanoel Campelo, vice-presidente da Anatel, o leilão das frequências do 5G no Brasil deve acontecer apenas no segundo semestre de 2021. A previsão foi dada em live para o website Tele.Síntese.
O profissional ainda disse que espera que o edital para o evento seja aprovado até o final do primeiro semestre do ano que vem. Após a aprovação, existe um prazo para que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprove o regulamento do leilão.
Campelo afirmou também que existe a necessidade de uma reformulação do documento inicial do leilão, pois a operadora Oi está vendendo as suas partes, sendo uma delas a Oi Móvel. Outra mudança deve ser na divisão do espectro em cinco blocos.
Texto para o leilão pode ser editado
Campelo ressaltou na transmissão ao vivo que apenas cinco blocos de espectro estão sendo colocados em pauta, porque a expectativa é de que mais 100MHz estejam na banda C. Contudo, ainda está sendo analisado se vale a pena incluir a faixa.
Ainda na live, o administrador lembrou que mesmo se a insistência na frequência 300 MHz for retomada, existe a complicação da operadora Oi, que tem a sua participação no leilão incerta. A Oi está em processo de venda e, sem parte da mesma no evento, a competitividade abaixa. Por fim, Campelo concluiu que são estas as questões que estão em desenvolvimento.
Camilla Tápias, vice-presidente de assuntos regulatórios da Vivo, acredita que a venda da Oi Móvel seria mais proveitosa para o leilão se já tiver acontecido. Isto porque, segundo ela, seria mais organizado a conclusão da venda da empresa, para que após todas as outras companhias de telecomunicações decidissem por suas apostas nas frequências do 5G.
Tipo menos potente de 5G já é oferecido no Brasil
O leilão da quinta geração de internet estava marcado no Brasil para março deste ano. Desde então, o evento sofreu vários adiamentos por conta da pandemia. A partir do leilão, as operadoras nacionais poderão oferecer o 5G original, e não o 5G DDS.
A versão DDS da rede já é utilizada em território brasileiro por empresas como a Claro, Vivo e Tim. No entanto, a versão utiliza de faixas de frequências pertencentes à tecnologia 4G. Os dados móveis “improvisados” também são falhos em distribuição, pois não é em toda região que espectros específicos conseguem chegar.