Nesta terça-feira (10), o Governo Federal afirmou que é favorável aos ideais do Clean Network, projeto dos Estados Unidos que prevê um ambiente seguro na implantação da quinta geração da rede móvel.
O programa, no entanto, deve afastar as relações comerciais do Brasil com a Huawei, empresa de tecnologia chinesa. A China tem sofrido retaliações por parte do governo estadunidense, que recentemente lançou críticas contra a Huawei.
A informação de apoio foi dada para Keith Krach, subsecretário do Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente do Departamento de Estado dos EUA, em visita que o profissional está fazendo ao Brasil.
Estados Unidos está ganhando apoio de outras nações contra China
Em Brasília, Krack também está tratando de relações comerciais entre os EUA e o Brasil, além de questões com o meio ambiente, a mineração e a cooperação espacial. Ainda, está sendo discutida a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Já o assunto do Clean Network trata de interesses específicos do país norte-americano. Dentre eles, a desestabilização da força tecnológica da China. O apoio de outros países foi motivo de comemoração para o governo americano.
Mike Pompeo, secretário de Estado dos EUA, disse que já foram conseguidos quase 50 países que concordam com a iniciativa estadunidense. Pompeo concluiu que espera assinar acordos com o Brasil e que agradece aos líderes do país aliado.
Programa para barrar a China
O Clean Network é o documento legal que formaliza a tentativa dos EUA de barrar a indústria das telecomunicações chinesa. Seis regulamentos compõem o programa, onde em todos eles são citadas companhias da China.
Um dos fundamentos do Clean Network chama Clean Path, que diz que nenhuma antena 5G de empresas não confiáveis deve ser instalada. Contudo, o pedido cita a ZTE e Huawei, ambas da China. Dessa maneira, a opção das tecnologias de implantação do 5G da Huawei deve ser excluída pelo governo brasileiro.
Recentemente também, empresas brasileiras de telecomunicação foram notificadas por divulgarem antecipadamente em suas marcas propagandas do 5G. O notificação veio do Procon de São Paulo.