Na última segunda-feira (23) a China pôs em ação a missão Chang’e-5, que tem como meta coletar amostras da Lua. O país está inserido no isolado grupo das três nações que tiveram expedições científicas de exploração no satélite.
O primeiro passo do homem na Lua em 1969, com a missão Apollo 11 liderada pelos Estados Unidos foi seguida no ano seguinte pela missão Luna, comandada pela União Soviética. Nesta última, a quantidade de rochas da Lua alcançou aproximadamente 100 gramas de material.
Dessa vez a agência chinesa pretende trazer à Terra cerca de 2 a 4 kg de amostras do solo em uma área ainda inexplorada, a Oceanus Procellarum, realizando estudos comparativos com outras espécimes anteriormente recolhidas.
50 anos após missão Chang’e-5 retoma exploração lunar
O primeiro passo do homem na Lua foi um marco para toda a humanidade, sobretudo, em termos de sucesso tecnológico espacial. De lá para cá algumas missões empreendidas pelo Japão e Índia também pousaram no satélite, mas não tinham como finalidade a coletagem de sua superfície.
Em 1970 há 50 anos, a missão Luna organizada pela União Soviética conseguir retornar à Terra com 100 gramas de amostras da Lua, com efeito de estudo de suas rochas. Essa foi a última expedição com essa finalidade, até o lançamento da espaçonave Chang’e-5 nas últimas semanas.
O lançamento oficial aconteceu às 17h30 (fuso horário de Brasília) do dia 23 de novembro, entrando em órbita pretendida. A sonda foi batizada com esse nome em referência à antiga deusa da Lua, adorada pelos antigos chineses.
Pouso da espaçonave Chang’e-5 realizado com sucesso
A tripulação da Changé-5 anunciou com entusiasmo o sucesso do pouso da sonda na superfície lunar nesta quarta-feira (02). O próximo passo da expedição é a coletagem para recolher a amostra de 2kg das rochas lunares.
Para conseguir realizar essa tarefa, a espaçonave aterrissada deverá utilizar um braço robótico que perfure o solo, e em seguida recolha as amostras, e por fim, as transfira para outro veículo, neste caso a cápsula de retorno à terra.
De acordo com a CCTV, emissora chinesa de cunho estatal, a coleta deve se dá nos próximos dois dias. As investigações científicas das rochas coletadas em Oceanus Procellarum podem trazer revelações sobre a formação e evolução da Lua.