Cientistas modificam amido de milho para impressão 3D de alimentos

Pesquisadores da Universidade de São Paulo e da França, descobriram maneiras de utilizar o amido de milho para a impressão 3D de alimentos. Os géis de amido são a aposta inicial da equipe científica, que agora procura por outros ingredientes capazes de realizar a tarefa.

A ideia foi concebida pelos cientista franceses Alain Le-Bail e Patrícia Le Bail. No entanto, estudantes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), possuíam conhecimentos nesta ciência.

Os intelectuais brasileiros já haviam desenvolvido um gel de amido a partir de vegetais, como o milho, arroz, mandioca e batata. O projeto foi desenvolvido nos países origem dos autores do estudo e na Itália.

Cientistas modificam amido de milho para impressão 3D de alimentos
Fonte: (Reprodução/Internet)

Estudo personalizou alimentos impressos com cor, textura e sabor

Para a reportagem do G1, Bianca Chieregato Maniglia, pesquisadora da França, afirmou que os ingredientes de onde o amido foi retirado são muito utilizados na indústria. Com isso, o estudo modificou os amidos para que eles pudessem performar da melhor maneira na impressão 3D.

Maniglia ressaltou que com o apoio de toda a equipe, os melhores géis foram encontrados, e dessa forma os alimentos puderam ser impressos com mais qualidade. Estas comidas possuem textura e definição, de modo que podem ser aceitas pelos regulamentos.

Segundo Pedro Augusto, professor da USP e co-autor da pesquisa, outro grande avanço produzido pela pesquisa, é a maior viabilidade de construir alimento personalizados ao gosto dos clientes. Ou seja, as refeições podem ter sabores, cores, composições e formatos específicos. 

Chocolate, macarrão e outros alimentos em 3D 

O docente Augusto enfatizou que para alimentos mais complexos serem impressos em 3D serão precisos mais anos de pesquisa. Contudo, o profissional lembrou que pudim, macarrão e chocolates, por exemplo, já podem ser criados com a técnica.

Augusto disse que um hambúrguer ainda não pode ser imprimido em íntegra, e mesmo que partes como pão possa, este ainda teria que ir ao forno. Por fim, os pesquisadores disseram que acreditam na expansão da impressão de alimentos 3D no Brasil, visto que este mercado está em crescente.

O estudo foi financiado pelo Pays de la Loire, da França, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).