Nesta semana, um estudo realizado por pesquisadores japoneses e estadunidenses, revelou que micróbios mortos há mais de 100 milhões de anos foram trazidos de volta à vida graças ao trabalho dos cientistas envolvidos no projeto.
Tal feito foi possível de ser realizado após os micróbios receberem alimentos corretos juntamente com o oxigênio suficiente para os seres. Não é novidade no meio científico saber que existe vida nos resíduos dos mares, uma vez que há muita matéria orgânica nos locais.
Segundo o geomicrobiologista Steven D’Hondt, da Universidade de Rhode Islande, a descoberta em si está mais ligada com a novidade da existência de vida no fundo do oceano, até o porão de rochas subjacente.
Confira mais informações sobre a ressuscitação de micróbios mortos há mais de 100 milhões de anos.
Como os micróbios foram reanimados
Os micróbios, retirados do solo no Giro do Pacífico Sul, também foram abastecidos com substratos contendo os gases nitrogênio e carbono, logo após houve uma selamento seguido de incubação em frascos, sendo abertos em períodos escalonados.
A primeira abertura foi realizada após 21 dias do procedimento, a segunda depois de seis semanas e por fim, a última após 18 meses.
“Descobrimos que até 99,1% dos micróbios depositados em sedimentos 101,5 milhões de anos atrás ainda estavam vivos e prontos para comer” afirmou Uiki Morono, microbiologista da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Marinha e da Terra.
Como ter acesso ao estudo
O estudo em questão está aberto ao público, disponível para consulta no site oficial, Além dele, há também a opção de assistir um vídeo no Youtube, com participação dos envolvidos, que resume os procedimentos adotados para efetuar tal descoberta.
Após os procedimentos realizados, todos os pesquisadores do estudo chegaram à conclusão de que se tratavam de bactérias que, após 68 dias, se quadruplicaram, dando assim a abertura para mostrar que não há limites para a existência de vida nos sedimentos oceânicos primitivos.