O aplicativo de mensagens Signal começou a ganhar mais usuários ultimamente. A plataforma é uma das mais seguras atualmente e este pode ser o motivo do aumento de interessados. Além das novas políticas do WhatsApp, Elon Musk, CEO da Tesla, tem um dedo nisso.
Na última quinta-feira (7), o empresário publicou em seu Twitter uma crítica direcionada ao Facebook em relação à invasão ao Capitólio americano, em Washington, que ocorreu na última quarta-feira (6).
De acordo com o bilionário, a rede social teria facilitado a organização da multidão pró-Trump que invadiu o símbolo da democracia estadunidense. A publicação consta a imagem de dominós, sendo o menor o primeiro objetivo do Facebook e o maior, a invasão extremista da última semana.
Musk recomendou o Signal por conta de atritos com o Facebook
A imagem compartilhada por Elon Musk indica que o Facebook saiu de uma plataforma para classificar mulheres estudantes de Harvard para um auxiliador da invasão ao Capitólio. Horas depois, o empresário, sem citar o WhatsApp, pediu para que os seus seguidores utilizassem o Signal.
Musk possui 41,66 milhões de seguidores na rede social, e tudo indica que o impacto de seu comentário foi de influência. Um tempo após o comentário de Musk, a Signal também publicou no Twitter que o sistema estava lento por conta de uma alta demanda.
O Signal não foi citado apenas por um único nome grande. Edward Snowden, ex-analista da NSA e conhecido por publicar intenções e espionagens do governo americano, retuitou Musk e ainda marcou o aplicativo.
Novas políticas do WhatsApp aumentam migração para outros aplicativos
Além da divulgação de Elon Musk e Edward Snowden, outro grande motivo é a mudança da política de privacidade do WhatsApp, aplicativo de autoria do Facebook. Os novos termos e condições da plataforma começar a valer em 8 de fevereiro e não dão a opção da não concordância de seus usuários.
A partir da data, os internautas do WhatsApp devem aceitar o compartilhamento de dados com o Facebook para que possam continuar a usufruir do aplicativo. A nova política é descrita dessa maneira:
“Como parte das Empresas do Facebook, o WhatsApp recebe e compartilha dados com as demais Empresas do Facebook. Podemos usar os dados fornecidos por essas empresas, e essas empresas podem usar os dados compartilhados por nós para nos ajudar a operar, executar, aprimorar, entender, personalizar […]”.
O Facebook ressalta que a troca de dados do Whatsapp não deve contemplar as conversas privadas dos consumidores. Em nota oficial, o Facebook diz que permanece comprometido com a privacidade de seus usuários. De qualquer modo, o cenário tem favorecido outras plataformas de mensagens, no que diz sobre o aumento de internautas.