Nesta segunda-feira (14), a venda da empresa de telefonia móvel Oi foi oficialmente realizada para o consórcio formado entre TIM, Claro e Vivo, suas grandes rivais. Com isso, a empresa deve desaparecer do mercado por completo.
A oferta recebida pela Oi no leilão foi de R$16,5 bilhões pelo trio, sendo este o maior valor que a operadora tinha recebido até o momento. A empresa também já conseguiu vender o seu negócio de data-centers e de torres.
Assim, os seus clientes serão divididos entre as rivais compradoras, sendo a operadora TIM a menor beneficiária do negócio. A Oi foi a última empresa brasileira com grande participação, de 15,9%, no mercado nacional de telefonia.
Vivo continua líder no mercado de telefonia móvel
Com a fusão da base da Oi, a empresa italiana TIM, que possuía 23% dos clientes ativos no setor de telefonia nacional, vai passar a ter 32%. A Claro sairá de 26% para 29% e a grande líder espanhola Vivo terá 37% do mercado, saindo dos seus antigos 33%.
As empresas do consórcio decidiram dividir a base da Oi de acordo com o critério de dominância regional, assim elas diminuem as chances de ter o seu negócio impossibilitado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Isso significa que a operadora com a participação inferior, em comparação às outras, em uma área específica de DDD deverá concentrar toda a base de clientes antigos da empresa Oi nesta determinada região.
Operadoras líderes em cada DDDs do Brasil em 2020
Nordeste: TIM
No mercado de telefonia móvel nas regiões do Sul e Sudeste, a TIM deve se beneficiar, pois já conta com participação maior que a da operadora Oi. Contudo, sua atuação na região nordeste, onde a Oi era predominante, é bem baixa.
Com isso, a empresa italiana irá sair do status de “menos preferida” entre os nordestinos para liderar o mercado em diversos DDDs. Ao menos que aconteça um movimento de pedidos de portabilidade em grande escala.
A Oi já havia vendido suas torres e data-centers em outro leilão pelo preço de R$1,4 bilhão para outra empresa, assim, é possível que o consórcio de operadoras absorvam os clientes da empresa em suas instalações já existentes, ou contratem os serviços da compradora de suas torres para conseguir entregar o sinal.
Enfatiza-se que ainda não é possível saber para qual companhia telefônica cada número da Oi irá migrar, nem a previsão de quando isso ocorrerá. No estado do Espírito Santo serão mais de 474,1 mil pessoas que terão de mudar de operadora. Confira mais informações clicando aqui.