Recentemente, em um estudo realizado na Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, categorizou que sinais de uma frequência 5G afetaria uma previsão de chuva em até 0,9 milímetros, e isso pode levar as previsões meteorológicas imprecisas.
Com isso, os meteorologistas têm ficado preocupados com essa possibilidade. O estudo foi o primeiro a prever o 5G como erro nas previsões do tempo. A nova tecnologia pode interferir na captura de dados meteorológicos.
Na Conferência Mundial de Radiocomunicações do Egito que ocorreu nesta semana, foi votado qual seria o limite de frequência para a operação da nova tecnologia no país. Por fim, a votação concluiu que o serviço terá que utilizar uma frequência de rádio.
Satélites de 5G podem vazar radiações
Sendo revisado por pares de pesquisadores, o estudo foi anunciado no início de setembro durante o IEEE 5G World Forum 2020, que foi promovido pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE). O intuito do evento foi reunir todos os representantes da indústria e da academia e realizar uma discussão do 5G.
A pesquisa usou como base uma modelagem de computador para analisar qual seria o impacto do ‘vazamento’ de 5G. Segundo os pesquisadores, o ‘vazamento’ do 5G ocorre quando uma radiação não intencional de um transmissor de alguma faixa de frequência interfere em outras bandas.
Com isso, os estudantes iriam calcular o quanto de radiação as bandas do 5G poderiam afetar as redes das previsões meteorológicas. Por fim, foi concluído que os sinais das faixas de frequência da nova tecnologia podem entrar em contato com as bandas utilizadas para os sensores meteorológicos.
5G poderia afetar 0,9 mm no contexto de um tornado
Utilizando a base de modelagem de um computador, por exemplo, um vazamento de 5G de -15 a -20 decibéis Watts (dBW), afetaria a previsão em até 0,9 milímetros no contexto de um tornado, e essa contagem é muita coisa. O dBW é uma unidade de potência que representa a força das ondas de rádio.
“Pode-se argumentar que a magnitude do erro encontrado em nosso estudo é insignificante ou significativa, dependendo se você representa a comunidade 5G ou a comunidade meteorológica, respectivamente”, disse Narayan Mandayam, autor sênior do estudo e professor do Wireless Information Network Laboratory (WINLAB)
Segundo o professor, para que o 5G não interfira em nenhuma banda auxiliadora de previsões de tempo, os desenvolvedores da tecnologia devem realizar pesquisas mais detalhadas, como uma tecnologia de antena ou realocação dinâmica de recursos.