O Facebook pretende finalizar um processo judicial aberto por uma ação coletiva em 2015 nos Estados Unidos. O trâmite acusa a rede social de violar a lei de privacidade de dados de Illinois, que exige que as empresas tenham o consentimento explícito dos usuários para a coleta de biometria.
A questão estava presente na ferramenta que sugere a marcações de pessoas em fotos do aplicativo. O sistema utilizava do reconhecimento facial para que encontrasse usuários parecidos e os sugeria.
Para finalizar a ação da Justiça, o Facebook aceitou pagar US$ 650 milhões. O juiz do caso negou a primeira sugestão, que era de US$ 550 milhões. Após isso, o Facebook sugeriu aumento de US$ 100 milhões, e foi acatado.
Usuários atingidos dividirão o pagamento judicial
O prazo para os cidadãos que se sentiram invadidos peçam parte da multa foi encerrado na última segunda-feira (23). Para se enquadrar no grupo de pessoas indenizadas, foi preciso que o perfil do usuário possua fotos postadas desde 2011.
De acordo com informações da Bloomberg, 1,57 milhões de consumidores se manifestaram. Segundo a Justiça norte-americana, todo o valor da multa será distribuído entre os consumidores da plataforma que atualmente moram em Illinois.
Cada prejudicado pelo serviço considerado invasivo, receberá cerca de US$ 300. A denúncia aconteceu quando o recurso de reconhecimento facial está sendo proibido por alguns governantes dos Estados Unidos.
Facebook: uma das maiores multas por quebra de privacidade
O caso em questão é considerado como a violação de privacidade com maior pagamento da história. Recentemente, a denúncia de violação de dados pela companhia Equifax, rendeu a multa no valor de também quase US$ 700 milhões.
Um porta-voz do Facebook pronunciou-se sobre a cobrança e afirmou que a empresa está focada em resolver o ocorrido, pois é de interesse da comunidade e de seus acionistas.