Foguete incendeia no Centro de Lançamento de Alcântara

Na sexta-feira (13), um lançamento teve que ser interrompido no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O Foguete de Treinamento Intermediário (FTI) do Brasil, pegou fogo.

O foco do incêndio foi controlado rapidamente pela equipe de segurança que acompanhava o evento. Nenhuma pessoa foi ferida, de acordo com informações da Aeronáutica. A execução do lançamento faz parte da Operação Águia do CLA.

Em comunicado oficial, a Força Aérea Brasileira anunciou que o acidente tratou-se de um pequeno incêndio, e que uma comissão será encaminhada para apurar as causas do acontecimento.

Foguete incendeia no Centro de Lançamento de Alcântara
Fonte: (Reprodução/Internet)

Foguete faz parte de operação de treinamento

A Operação Águia foi iniciada no dia 9 de novembro com objetivo principal da missão é treinar equipes e os equipamentos do CLA. O Brasil, que se encontra no início do investimento da ciência espacial, está a mercê desse tipo de adversidade, visto que mesmo em agências grandes como a Nasa, equipamentos já foram vítimas de incêndio.

A localização do Centro de Lançamento de Alcântara é estratégica. No município do Maranhão, o governo federal e os órgão responsáveis procuram colocar o Brasil como polo lançador de pequenos foguetes.

Ainda, a escolha é bem calculada por conta da região ser uma das mais promissoras em lançamentos de aeronaves espaciais. Alcântara é próxima da linha do Equador, e por isso diminui os custos de gastos em até 30%.

Brasil inicia investimento na economia espacial

No início do ano, a Agência Espacial Brasileira (AEB) negociou com companhias estrangeiras o lançamento de pequenos satélites diretamente do CLA. A ação foi possível por conta da aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas para o centro de Alcântara, que permite a comercialização do espaço.

Com a movimentação monetária nesta área, além do Brasil se inserir no mercado espacial, a economia nacional poderia ser beneficiada com R$ 1,5 trilhão ao ano. Estimativas apontam que até 2040, o investimento na área pode trazer até R$ 4,4 trilhões.