Na terça-feira (15), de acordo com o jornal Washington Post, a Força Aérea norte-americana autorizou que uma inteligência artificial tomasse controle parcial do jato espião U-2 Dragon Lady em um exercício realizado naquele dia.
O treinamento não envolveu uso de armas de fogo e a aeronave contava com um piloto para assumir o controle caso algo desse errado. Essa foi a primeira vez que uma inteligência artificial foi utilizada em um jato militar.
Juntos, o piloto e o sistema de IA realizaram um exercício de reconhecimento em uma simulação de ataques de mísseis. O algoritmo ARTUµ ficou responsável por encontrar armamento inimigo, enquanto o piloto localizava aeronaves de possível ameaça, disse a Força Aérea dos EUA.
Equipe homem e máquina
Conforme o relatório divulgado pelo chefe da operação, o algoritmo apenas atuou em atividades durante o treinamento, sem assumir controle total nem o de armas. E o piloto principal localizava as espaçonaves, tudo isso compartilhado com o radar do U-2.
Assim, a inteligência artificial estava apenas encarregada de utilizar os sensores do radar do jato para localizar os mísseis. O ARTUµ, treinado por meio de mais de meio milhão de interações simuladas, é uma versão modificada do algoritmo de código aberto µZero.
Segundo o secretário da Força Aérea, Will Roper, esse novo desenvolvimento é para que os robôs possam assumir as partes limitadas, e os humanos continuam no controle das principais decisões. Tendo como objetivo apresentar a possibilidade de uma equipe homem e máquina.
Apoio do Google
Para que o treinamento fosse possível, a Força Aérea dos EUA utilizou o sistema desenvolvido pela companhia DeepMind. Disponibilizada ao público, a inteligência artificial utilizada já foi ativada para derrotar os humanos em jogos como o de Xadrez.
Para que fosse possível a integração entre os sistemas operacionais de bordo da aeronave e a IA, foi utilizado um software open-source da Google. Os engenheiros operaram com o Kubernetes, durante o processo.
A inteligência artificial foi criada para que não houvesse um controle manual. Com isso, Josh Benett, porta-voz da Força Aérea, buscou provocar reflexão e aprendizado durante a realização do treinamento.
O exercício levantou opiniões discordantes das autoridades militares. Aparentemente, o futuro tecnológico se assemelha cada vez mais ao filme ‘Exterminador do Futuro’. Acessando aqui é possível conferir mais sobre a simulação e um vídeo explicativo do novo desenvolvimento (áudio em inglês).