Justiça brasileira deve criar comitê de segurança nacional após sofrer ataque hacker

Após o site do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sofrer um ataque hacker na última terça-feira (3), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou estudos sobre a criação de um comitê de segurança online.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, anunciou a informação na segunda-feira (9), quando inclusive o endereço da web do STJ voltou a funcionar depois de passar mais de uma semana desativado.

A ideia de um comitê está sendo discutida com assessores políticos, e que o projeto deve ser apresentado em reunião do CNJ, nesta terça-feira (10). O STJ foi atingido por um ransomware, que já atacou outros grandes órgãos anteriormente.

Justiça brasileira deve criar comitê de segurança nacional após sofrer ataque hacker
Fonte: (Reprodução/Internet)

STF e STJ devem trabalhar em conjunto para criação do comitê

Durante uma sessão virtual do STF, Fux deu continuidade às falas dos especialistas ao dizer que o acontecimento da semana passada demonstra a urgência das políticas brasileiras organizarem melhores ferramentas para a segurança digital.

Fux ainda disse que o presidente do STJ, Humberto Martins, está ao lado dele para idealizar novas maneiras de proteção. Na videoconferência Fux revelou que o nome do órgão deve ser Comitê Cibernético de Proteção à Justiça Digital do Poder Judiciário, e que este deve ser montado com todas as entidades que são especializadas no tema.

Especificamente, a equipe que trabalhou em conjunto com o STJ deve compor o comitê. Tal grupo que conseguiu identificar o hacker juntamente com a Polícia Federal, como afirmou o presidente Bolsonaro na semana passada, em seu perfil do Twitter.

Aumento de atividades virtuais na pandemia despertaram as autoridades

Fux anunciou a reunião para o comitê em uma sessão virtual, onde na mesmo discutiu sobre o “Juízo 100% Digital”, projeto que tem como objetivo organizar o julgamento de todos os processos de modo remoto. A iniciativa também prevê que cada tribunal pode escolher casos excepcionais de julgamento físico.

Desse modo, o novo recurso é lido como mais uma motivação de investimento em uma fiscalização de ações cibernéticas. Com o ataque ao STJ, mais de 12 mil processos foram impossibilitados de qualquer movimentação.