A Microsoft, gigante da tecnologia contemporânea, desenvolveu uma nova atualização para a Internet Explorer, transformando-a em Microsoft Edge. O novo browser da empresa tem muitas novidades e funcionalidades.
Porém, parece que a Microsoft foi longe demais, até mesmo infringindo a privacidade de seus usuários. Recentemente, alguns usuários do Windows perceberam que existiam aplicativos do pacote Office instalados sem a permissão deles.
Inicialmente, os utilizadores do sistema acreditavam que passava-se por um teste limitado aos Windows Insiders, candidatos que ajudam a Microsoft em testes de novos recursos. Entretanto, foram achados aplicativos instalados na versão corrente do sistema.
Instalação de aplicativos sem a permissão dos usuários
O pacote Office é um pack de ferramentas essenciais aos usuários que trabalham em escritório, porém não é algo obrigatório a se utilizar. Na concorrência, o Google desenvolveu ferramentas parecidas, como o Docs, Sheets e Slides, que são famosas por sua facilidade de utilização.
Diante disso, a Microsoft decidiu desenvolver um pack de aplicativos PWAs (Progressive Web Apps), nomeado como Office 365, que pode ser “instalado” no computador. Os aplicativos não utilizam as abas do browser para funcionar, rodando assim em janelas separadas, dando a sensação de um programa.
O caso de instalação sem permissão ocorreu na última quinta-feira (15) com um usuário do Windows 10. Segundo o mesmo, em nenhum momento o sistema pediu permissão para a instalação, e os programas simplesmente apareceram. Parece que o ponto-chave da questão é que a empresa está se aproveitando de liderança entre os sistemas.
Microsoft é acusada de práticas monopolistas
O sistema operacional do Windows age em boa parte dos computadores. A ação fez parecer que a empresa está se aproveitando da liderança no mercado e promovendo seus produtos. O caso seria uma prática anticompetitiva contra o Google.
Mesmo que quase a maioria dos usuários optem por instalar o pacote Office, a empresa ainda quis desenvolveu um PWA para concorrer no mercado contra o Google. A ação motivou uma investigação do governo dos Estados Unidos na década de 90, quando distribuía a Internet Explorer como parte do sistema operacional.
O mesmo aconteceu com a Apple, que cobra taxas consideradas altas das empresas que desejam utilizar suas plataformas de vendas. Em disputa com a Epic Games, por exemplo, a companhia decidiu retirar o Fortnite da App Store pois os desenvolvedores criaram um canal de compra diferente do utilizado pela Apple.