Estreado para o público geral em novembro do ano passado, o Pix se transformou na principal alternativa para transferência monetária. De acordo com um levantamento, o sistema de pagamentos instantâneos já representa quase 80% de todos os movimentos brasileiros.
A informação é do portal 6 Minutos, administrado pelo banco virtual C6 Bank que responsável por coletar os dados tanto do Banco Central (BC), quanto da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).
Pix conseguiu superar TED e DOCs em todos os aspectos
De acordo com os dados estudados pelo site, entre os dias 1º de janeiro de 2021 e o último domingo (17), foram realizadas mais de 87 milhões de transferências monetárias utilizando o sistema Pix, o que corresponde a aproximadamente 78% do total de cedências feitas no mesmo período.
Em segundo lugar vieram os TEDs, que alcançaram a marca de 18 milhões de operações, seguido dos DOCs, que simbolizaram 6,5 milhões. A título de comparação, a escolha pelo Pix em dezembro do ano passado simbolizou cerca de 70% do total de transferências realizadas.
Ainda em concordância com o levantamento, o valor médio das transações mediante Pix é de R$ 700,00 para os dados parciais referentes ao primeiro mês do ano. Tal valor representa um ticket médio 1302% superior aos TEDs, que ficam por volta de R$ 49,90.
Segundo pesquisa, muitos brasileiros ainda não conhecem o Pix
Embora o Pix tenha mostrado ótimos números entre as pessoas que já adotaram o sistema, ainda falta uma forma de disseminar a solução ainda mais entre a população. O entendimento vem de pesquisa realizada pelo departamento de inteligência de mercado da Rede Globo em dezembro do ano passado.
Segundo a investigação, foi mostrado que quase 30% dos brasileiros não usam porque não sabem que a plataforma monetária não só poderia ser usada para transferência de dinheiro, mas também que os pagamentos poderiam ser feitos em negócios físicos e online (e-commerce).
Um dos maiores motivos da falta de conhecimento é a baixa adesão do varejo ao Pix. A maioria das empresas não possui ferramentas que lhes permitam utilizar soluções de pagamento e fornecer informações tarifárias no ponto de venda (PDV). No entanto, essa situação deve mudar nos próximos meses.
Custos muito mais baixos e agilidade – Vídeo explicativo
Por fim, o baixo custo operacional proporcionado pela Pix também é considerado um forte fator de reconhecimento do sistema do BC. A agência calculou que o custo para o banco a cada transação feita na plataforma é de R$ 0,0001, valor infinitamente inferior ao TED ou DOC (mais precisamente 97,5%).
Além disso, os usuários Pix podem transferir ou fazer pagamentos por meio da plataforma sem pagar nenhuma taxa. Em comparação com o uso de métodos tradicionais (como máquinas de cartão de crédito), seu custo operacional ganha destaque.
Para o e-commerce, a Pix ainda acaba com um dos maiores problemas: o boleto bancário. Isso porque a plataforma permite o pagamento de serviços e compras de produtos, assim como compras a débito. Ao pagar, basta selecionar a opção “Pix” e efetuar o pagamento. Confir ano vídeo abaixo:
Compartilhamento de dados pessoais
Para quem deseja compartilhar suas chaves Pix na internet, a agência alerta que esse risco é existente, principalmente quando a chave de registro é um CPF ou um número de telefone (que são dados sigilosos).
Quanto à chave aleatória que não contém dados pessoais, a entidade garante que é seguro compartilhá-la, pois não concede acesso à conta e só serve para receber pagamentos.
Brasileiros usam Pix para paquerar, BC se manifesta
Quando o assunto é criatividade, o brasileiro pode se destacar em comparação com outros países. Depois que alguém começou a flertar com o novo sistema de pagamento, surgiram exemplos que confirmam essa premissa.
Como dito, a ferramenta foi lançada em novembro do ano passado para permitir transações financeiras em tempo real entre os usuários sem pagar taxas adicionais. Porém, alguns usuários vão além e usam a plataforma como uma rede social.
Um dos primeiros casos é referente a um rapaz que, para chamar atenção de sua ex-namorada (após a mesma bloqueá-lo), lhe enviou um Pix simbólico pedindo para reatar. A atitude acabou se tornando uma brincadeira denominada de “pixssexual”, o que acabou chegando até o BC.
Banco Central se pronuncia após uso indevido do Pix
O Banco Central destacou que a única missão da ferramenta é agilizar as transações monetárias, e ressaltou que o Pix não é uma rede social. Ele também disse que não há dispositivo legal que proíba usuários específicos do sistema.
Porém, para quem não quer ser incomodado pela mensagem, O BX indica que o usuário pode configurar o aplicativo bancário para manter a conta para não receber notificações sobre novos pagamentos.