O ano de 2020 começou diferente dos demais, com a chegada do coronavírus alguns hábitos tiveram que mudar e as pessoas começaram a adaptar a rotina para conseguir sobreviver nessa nova realidade.
Enquanto não temos nenhuma vacina contra o covid-19 o uso de máscara ao sair na rua, começou a ser obrigatório para evitar que o vírus alcance novas pessoas, já que é difícil saber quem está contaminado ou não.
Além disso a Organização Mundial da Saúde recomenda que as pessoas deixem fora de casa as roupas que usaram na rua, pois elas podem ser um meio de transmissão. Pensando nisso uma empresa de São Paulo começou a pensar em tecidos que podem proteger as pessoas contra o coronavírus.
Não estava sabendo dessa pesquisa? Já existe até uma marca de roupas que lançou uma coleção com o tecido desenvolvido. Fique por aqui e entenda um pouco mais sobre o novo material que pode eliminar até 99,9% do vírus.
O novo material
O novo material foi desenvolvido pela empresa Nanox com colaboração dos pesquisadores de Biomedicina da USP – Universidade de São Paulo e da Universitat Jaume na Espanha. A empresa já estava trabalhando com o desenvolvimento de tecidos com micropartículas antibacterianas e fungicidas.
Então eles pensaram em usar essa tecnologia para tentar fazer um tecido que fosse imune ao coronavírus. Esse material é composto por poliéster e algodão e possui as micropartículas de prata que são colocadas com um processo de imersão e é chamada de pad-dry-cure.
“Já entramos com o pedido de depósito de patente da tecnologia e temos parcerias com duas tecelagens no Brasil que irão utilizá-la para a fabricação de máscaras de proteção e roupas hospitalares.”, comentou o diretor da Nanox, Luiz Gustavo Pagotto Simões.
Como ele funciona?
A ideia é que o tecido não seja mais um meio de transmissão do vírus, já que esse era uma das maneiras em que o coronavírus estava se espalhando. As pessoas precisavam sair de casa e por mais que estivessem de máscara levavam o vírus em suas roupas.
Eles testaram o material na fábrica e perceberam que 99,9% do vírus que entrava em contato com o tecido acabava morrendo depois de 2 a 5 minutos, então as roupas que forem produzidas desse material não serão mais um meio para transmitir o coronavírus.
“A quantidade de vírus que colocamos nos tubos em contato com o tecido é muito superior a que uma máscara de proteção é exposta e, mesmo assim, o material foi capaz de eliminar o vírus com essa eficácia”, comentou Luiz Gustavo.
Primeiras peças
Simone Mariano, uma estilista, ficou sabendo da novidade e assim que o tecido ficou pronto fez logo um pedido, em apenas dez dias eles já tinham modelado a primeira peça para conseguir apresentar para o público na exposição da Felinju online.
“Produzimos 60 peças e acredito que até o final da feira já vamos ter mais em pronta-entrega, mas estaremos recebendo pedidos”, comentou Simone. A marca apresentou dois modelos com a nova tecnologia, uma “calça jogger” e uma blusa de manga comprida e agora estão testando em máscaras.
A garantia é que essas peças continuem eliminando o vírus mesmo após 20 lavagens. Então eles alertam que não é recomendado lavar a roupa assim que for usada, pois ela possui ações antibacterianas não retendo a sujeira facilmente.