O que seu smartphone sabe sobre você – Como melhorar a privacidade

Os smartphones conseguem monitorar a maioria dos dados dos usuários. Além de usar da Inteligência Artificial, o sistema pode guardar informações para que os consumidores sejam direcionados à um determinado tipo de anúncio, por exemplo.

Segundo a maioria das marcas de tecnologia, o uso das informações é para que a experiência seja mais personalizada. Contudo, este fato levanta questionamentos a respeito da privacidade dos dados de indivíduos e até mesmo a possibilidade de uma certa manipulação.

Dados como históricos de navegação da internet, informações da localização, e até mesmo os comandos de voz parecem escutar o que se fala perto do aparelho. Mesmo que esta exposição não possa ser 100% desabilitada, existe a possibilidade de barrar parcialmente algumas delas.

O que seu smartphone sabe sobre você - Como melhorar a privacidade
Fonte: Reprodução/Internet)

Localização é comumente salva no Android 

O Google armazena todas as buscas realizadas em suas plataformas. Desse modo, pesquisas no Google Chrome, por exemplo, qualquer aplicativo que obter acesso pode descobrir os seus interesses. Portanto, é recomendável apagar o histórico de suas buscas, independente da ferramenta utilizada.

A localização do celular é outra informação visualizada por empresas. O recurso é muito útil aos usuários, visto que pode guiar as pessoas através de mapas e outras funcionalidades. No entanto, as companhias salvam onde o usuário já esteve. É com estes informativos que o Google mapeia o seu histórico de localização, dado que é enviado por seu e-mail. 

Como desativar?

Para desativar o uso no Android, clique na sua foto, depois em “Configurações”, em seguida em “Conteúdo pessoal”, “Configurações de localização”, e desative o histórico de localização. No IOS, acesse “Ajustes”, “Privacidade” e “Serviços de Localização” e desabilite-o.

Celular que “escuta” com microfones captando áudio

Os comandos de voz também ficam à escuta, mesmo quando não são acionados. Para desativar a opção da Apple, abra os “Ajustes”, após “Siri e Busca”, por fim em “Histórico da Siri e Ditado” e, por fim, em “Apagar Histórico”.  

O usuário também pode impedir que  o iPhone analise os áudios direcionados à Siri. Para isso vá nas configurações, em “Privacidade”, depois em “Análise e Melhorias” e desative “Melhorar Siri e Ditado”. 

Já no sistema do Google, abra a página do menu da assistente e toque em “Configurações”, depois “Minhas atividades”, toque no menu ao lado de “Pesquisar na sua atividade”, e exclua sua atividade. As senhas dos usuários também são salvas pelo Google, no caso de que aceitem a opção. Se um indivíduo não se sentir confortável, deve apenas não permitir. 

Digitais salvas nos aparelhos

Outra informação oferecida ao celular são as digitais, em maioria utilizadas para o desbloqueio do dispositivo. Para apagá-las, basta acessar a mesma página que adicionou a sua biometria.

Programas internos acessam dados de todos aplicativos

No final da lista está a visualização de dados por meio de outros aplicativos. Algumas plataformas solicitam uma grande quantidade de permissões, sendo algumas delas abusivas. Por isso, é interessante analisar se deve ou não aceitar algum requerimento .

O FaceApp, por exemplo, que esteve em alta no início do ano, foi questionado sobre o seu termo de uso. O Facebook vazou dados de usuários, em 2018, para a Cambridge Analytica. Ademais, programas nativos dos smartphones, como o Bem-estar Digital do Android, e o Tempo de Uso do iPhone também acessam informações de todos os aplicativos do celular.

Em suma, a maioria das ferramentas oferecem otimizações no uso de aparelhos eletrônicos. No entanto, a escolha de habilitar algumas ferramentas vai do quanto cada consumidor se sente confortável e confia nas empresas para expor seus dados.