Estudo recente realizado por pesquisadores do Centro Nacional de Doenças Cardiovasculares de Pequim, na China, revelou um novo método capaz de detectar condições cardíacas.
De acordo com os pesquisadores, a selfie como novo método de identificação pode tornar a análise mais barata, simples, efetiva e acessível. O projeto utiliza métodos de inteligência artificial para fazer o diagnóstico.
A novidade utiliza usa técnicas de deep learning, que possibilitaram os cientistas criarem um algoritmo que consegue analisar selfies para assim, afirmar a existência de possíveis complicações relacionadas à doenças do coração.
Confira abaixo mais informações sobre o estudo que sugere a detecção de possíveis doenças cardíacas através de selfie.
Algorítimos diagnosticam por fotos
O diagnóstico de uma doença cardíaca pode ser realizado através de uma selfie e a partir dela, o algoritmo será capaz de detectar a aterosclerose coronariana utilizando quatro fotos do rosto do paciente.
Até então, o projeto criado se encontra em fase de testes iniciais onde ainda é preciso realizar mais experiências em números maiores de pessoas e com pacientes de diversas origens étnicas.
“Até onde sabemos, este é o primeiro trabalho que demonstra que a inteligência artificial pode ser usada para analisar rostos para detectar doenças cardíacas, seja em clínicas ambulatoriais ou por meio de pacientes que fazem ‘selfies’ para realizar sua própria triagem” afirmou Zhe Zheng, médico e autor do artigo.
Por que análise através do rosto?
A escolha de utilizar uma selfie para a detectar a doença se veio a partir de certas características faciais que são associadas a um risco maior de doenças cardíacas, como:
- Rugas;
- Cabelos ralos ou grisalhos;
- Xantelasmas;
- Arcos senis;
- Vínculo do lóbulo da orelha.
Segundo Zheng, o objetivo final do projeto é criar um aplicativo capaz de ser manuseado pelos próprios pacientes. Nele, será possível avaliar o risco de doenças cardíacas antes mesmo de visitar uma clínica especializada.
Sucesso em testes realizados na China
O estudo fez a análise de 5.796 pacientes de oito hospitais na China, entre 2017 e 2019. Todos se encontravam submetidos a procedimentos de imagem capazes de investigar os vasos sanguíneos. A publicação do artigo que relata a descoberta do estudo foi realizada no portal European Heart Journal.
A partir daí, enfermeiros tiraram quatro fotos dos rostos de cada um para futuras análises. O algoritmo criado conseguiu detectar a doença em 80% dos casos, bem como ignorar corretamente 61%.
Assim, o estudo teve seu desempenho considerado moderado tendo em vista que o aperfeiçoamento é necessário para evitar possíveis falsos positivos.