As operadoras Claro e Vivo anunciaram, respectivamente no dia 7 e 15 de julho, a tecnologia do 5G DSS para teste em algumas regiões do Brasil.
O serviço promete melhorar a velocidade da internet dos aparelhos eletrônicos dos brasileiros em até 12 vezes mais do que o 4G consegue oferecer.
Porém, a novidade permanece em teste, pois além de não ter as frequências necessárias para a experiência total 5G, a cobertura ainda não abrange todos os usuários da internet.
Desigualdade cibernética
As operadoras anunciaram as coberturas nos seguintes estados nacionais: Claro no Rio de Janeiro e em São Paulo. Vivo em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Porto Alegre, Curitiba e em Salvador.
Ambas as operadoras iniciam os testes apenas nos grandes centros de cada Estado, o que exclui a parcela de pessoas habitantes das periferias. Porém, existe embasamento na escolha das grandes Cidades.
Segundo a Claro, estas cidades possuem mais demanda de tráfego, infraestrutura modernizada, mais usuários de smartphones top de linha e densidade populacional.
Outra questão que dificulta o acesso ao 5G pelo consumidor brasileiro é que poucos aparelhos se conectam ao 5G DSS. O único modelo de smartphone que chegou ao território nacional é o Motorola Edge, smartphone de última geração que custa R$ 5.499
Problemas Técnicos
Segundo Mangone, diretor de desenvolvimento de negócios da companhia Qualcomm, o 5G DSS não será capaz de entregar o potencial completo do 5G. Isto se dá pois a quinta geração até então anunciada pelas empresas não opera nas faixas que serão utilizadas para o 5G.
Por isso, mesmo implementado, o 5G DSS trabalha na velocidade entre o 4G e o 5G. São necessárias frequências mais altas que, infelizmente ainda não estão disponíveis no Brasil.
Enfim, o Ministro das Comunicações, Fábio Faria anunciou que o leilão para frequências mais altas que possibilitarão o 5G pleno, será realizado no primeiro semestre de 2021.