No último domingo (15), todos os cidadãos brasileiros, com exceção da população do Distrito Federal, tiveram que deixar as suas casas para as eleições no tradicional modelo de votação nacional.
Contudo, o surgimento de novas maneiras de votar poderiam diminuir custos e ainda otimizar a vida dos indivíduos. Pensando nisso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) planeja implantar a votação digital nas próximas eleições de 2022.
Nesta segunda-feira (17), o presidente do TSE e ministro, Luís Roberto Barroso, com o vice-presidente do tribunal e também ministro, Edson Fachin, experimentaram uma demonstração deste novo sistema de algumas empresas.
Presidente do TSE parece ter se interessado em opções já vistas
As companhias mostraram algumas opções para os dois administradores de Estado, na cidade de Valparaíso de Goiás (GO). Uma das opções era de um aplicativo que validaria o voto a partir do reconhecimento facial.
Ainda entre o catálogo, um site com criptografia de ponta a ponta foi apresentado. Ao todo, 26 empresas diferentes mostraram as suas apostas, não somente em Goiás, mas também em Curitiba e em São Paulo.
Vale ressaltar que alguns dos sistemas divulgados já são utilizados por algumas instituições, de modo a demonstrar no mínimo a possibilidade de uso. Os sindicatos utilizam o modelo de voto digital. Em entrevista ao Extra, Barroso afirmou que em algum momento uma decisão deverá ser feita, e que ele ficou impressionado com o potencial das tecnologias.
Eleição digital pode reduzir gastos
O principal objetivo do novo tipo de votação seria, além da praticidade aos cidadãos brasileiros, o corte de gastos. Barroso já disse que a troca das urnas eletrônicas que são seguras, para outros equipamentos de mesma capacidade, deve custar valores elevados.
Dessa maneira, o TSE iniciou em setembro, o projeto Eleições no Futuro. O recurso estuda as novas formas de reconfigurar a votação no Brasil. De acordo com o presidente do tribunal, as 31 companhias que se cadastraram no chamado público, serão analisadas.
Para a inovação ser aprovada, as empresas precisam comprovar o sigilo do voto, a segurança da tecnologia e a eficiência da mesma.