Nesta terça-feira (08), a Uber anunciou aos brasileiros o seu projeto “Elas na Direção”. O programa já existia, mas não para todos os estados do Brasil. A iniciativa possibilitará que motoristas do sexo feminino possam aceitar viagens só com outras mulheres.
O objetivo do programa é oferecer segurança às mulheres que trabalham com a Uber, evitando assim qualquer violência advinda do sexo masculino. Além disso, o programa também pode abrir portas para a independência financeira desse público.
De acordo com o aplicativo, quando a novidade foi anunciada em 2019, a empresa deixou claro a preocupação com o combate ao feminicídio e a violência de gênero. O Brasil é o quinto país que mais comete feminicídio do mundo.
U-Elas visa a independência financeira e a segurança da mulher
O recurso foi nomeado como U-Elas, que pode ser acionado a qualquer momento pelas motoristas. Caso o recurso seja ativado, as condutoras poderão ser chamadas apenas por mulheres.
O novo recurso também está abrindo portas para as pessoas que se reconhecem como não-binárias. As motoristas e as passageiras já estão recebendo um comunicado via e-mail, que está solicitando a mudança de gênero para o ingresso no programa.
A partir da iniciativa de incentivar a segurança e independência financeira da mulher, o programa também está oferecendo cursos sobre empoderamento pessoal e econômico. Segundo a Uber, a empresa ainda pensa em desenvolver outras opções.
Por ora, não é possível que as usuárias do aplicativo solicitem motoristas mulheres. No entanto, a companhia já está trabalhando para que isso seja possível. De acordo com a Uber, esse é só o primeiro passo para que isso seja possível.
61% das motoristas se consideram independentes com ganhos da Uber
A empresa Uber realizou uma pesquisa que foi apresentada em novembro deste ano, apontando que 91% das motoristas do aplicativo relataram que o trabalho trouxe mais autonomia e independência.
Em relação aos ganhos com a plataforma, 92% das mulheres que foram questionadas disseram que já sustentaram ao menos uma pessoa com o dinheiro recebido pelo aplicativo. Em geral, 3.490 mulheres, motoristas e não motoristas, fizeram parte da pesquisa.
Os pesquisadores utilizaram perguntas para comparar a situação entre as mulheres que eram usuárias do app e as que não eram usuárias. Daquelas que trabalham com a Uber, 61% autodeclaram-se independentes financeiramente.