A Xpeng, companhia chinesa conhecida pela fabricação de carros elétricos, anunciou uma nova tecnologia para seus automóveis. Agora serão adicionados sensores LiDAR aos seus veículos.
A ferramenta é uma tecnologia óptica de detecção que utiliza luz refletida, e será administrada pela nova parceira da fabricante, a startup Livox que é parte da companhia de drones DJI. A novidade deve atribuir mais segurança aos passageiros.
Além de ser capaz de manter a direção autônoma no caso de falhas nos sistemas de rastreamento, a tecnologia pode detectar alvos, melhorar a direção em locais com baixa luz e atribuir melhor precisão em medidas de distâncias.
Xpeng aposta em sensor já criticado por Elon Musk, CEO da Tesla
Uma de suas principais concorrentes no mercado é a Tesla. Para construir um diferencial das tecnologias utilizadas nos modelos de Elon Musk, a Xpeng além de utilizar de informações de câmeras e radares, a empresa utilizará o LiDAR para minimizar ainda mais qualquer falha.
Em 2019, Elon Musk disse no evento Autonomy Day, que o recurso LiDAR era uma “maldição” para qualquer fabricante que a aderisse. Ainda disse que a tecnologia é cara e desnecessária. A Tesla utiliza outros mecanismos em seus carros, como redes neurais e reconhecimento visual por câmeras.
O LiDAR é criado pela Livox, startup iniciada em 2016 pela também chinesa DJI. Mesmo que não seja de renome como as norte-americanas Velodyne e Luminar Technologies, a Xpeng preferiu pela opção desenvolvida em seu país de origem. O modelo Horiz será o utilizado nos automóveis.
Conflitos entre Tesla e Xpeng já foram à Justiça
Os amantes dos carros autônomos já sabem que a Tesla não simpatiza muito com a Xpeng e vice-versa. A empresa de Elon Musk acusa a rival de ter copiado o layout de seu website. As acusações também vão ao campo jurídico.
Em 2019, a Tesla entrou em uma ação judicial contra a Xpeng, acusando a fabricante de ter roubado trechos do código-fonte do Autopilot, sistema criado pela empresa americana de assistência ao motorista.
Guangzhi Cao, antigo funcionário da Tesla que teria sido o responsável pelo crime. O engenheiro deixou a companhia de Musk e foi trabalhar na Xpeng. Segundo a acusação, Cao teria baixado o código e então vendido à sua nova empresa. Após isso, Cao foi desligado.