Neste domingo (15), data que marca as eleições municipais em todo o Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enfrentou problemas com o seu website. O órgão foi surpreendido de maneira negativa por criminosos virtuais.
Após pronunciar-se dizendo que não passou por ataque virtual em seu portal durante a última semana, hackers divulgaram diversas informações internas do Tribunal, de modo a refutar a instituição.
O vazamento foi publicado pelo grupo chamado CyberTeam. De acordo com eles, a divulgação dos dados não tem significado político, mas apenas uma maneira de demonstrar que a invasão de fato ocorreu.
Hackers afirmam que investimento em segurança virtual ainda é falho
O CyberTeam publicou que a maneira de acessar o sistema do TSE ainda está aberta. Ao conceder informações ao Olhar Digital, o grupo de hackers afirmou que após o primeiro ataque foi possível notar uma mudança de firewall, mas nada mais do que isso. Com isso, o sistema do TSE continua aberto.
Ainda em pronunciamento, o CyberTeam ressaltou que mesmo depois do ataque virtual contra o site do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), quando o Governo Federal afirmou que investiria em segurança digital, os sistemas dos órgãos públicos continuam vulneráveis. Por fim, o grupo disse que os gastos milionários foram inúteis.
Os dados divulgados expõem apenas a estrutura do banco de dados do TSE. Contudo, as informações de cidadãos não foram mostradas. De qualquer maneira, as informações acessáveis apresentam diversas credenciais para acessar os sistemas do órgão em sete arquivos de texto.
Cybercriminosos dizem não ter feito parte de ataque contra STJ
O ataque não prejudicou apenas o sistema do TSE, como também o de outras instituições a ele ligadas, tais como os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), que trabalharam com as eleições estaduais do último domingo.
Mesmo sendo responsáveis pelo hackeamento do TSE, o CyberTeam declarou que não está envolvido em outros ataques que afetaram a Justiça brasileira recentemente. Os criminosos se referiram ao ataque do STJ, que conseguiu manter as atividades da Corte parada por mais de uma semana.