Nesta sexta-feira (6), a China enviou ao espaço o primeiro satélite com rede 6G do mundo. O desenvolvimento e operação do dispositivo está sendo da Universidade de Ciência Eletrônica e Tecnologia da China (UESTC), em Chengdu.
Segundo os seus criadores, o satélite está a serviço do sensoriamento do solo, tanto para a atividade de construção civil, quanto para a otimização da agricultura e das florestas do gigante asiático.
Além disso, o satélite chinês promete testar frequências que possibilitarão a futura internet 6G. O dispositivo foi lançado à órbita pelo foguete Longa Marcha 6, com mais 10 satélites NuSat, estes que monitoram a terra e são comandados pela argentina Satellogic.
China é pioneira dos estudos da sexta geração de rede móvel
O satélite lançado pela China possui um transmissor e receptor capazes de comunicar com a faixa de frequência TeraHertz, tipo que é ideal para a tecnologia 6G, visto que possui um grande espectro e taxa de transmissão.
O ponto fraco da frequência TeraHertz se dá na comunicação. Isto porque esta enfrenta problemas de baixo alcance e para conseguir adentrar dentro de locais fechados, tais como construções. O mesmo impasse se encontra na frequência “millimeter wave”, que está sendo usada para o 5G.
O mercado do 6G na China já é movimentado. Companhias como a MediaTek e Huawei já estão em pesquisa para que a rede consiga ser instalada no país. A Samsung já afirmou que espera a sexta geração de internet comercial em 2028, e com capacidade de download de 1.000 GB por segundo.
Tecnologia 6G já é disputada no mundo
Na América do Norte, as empresas de tecnologia também estão de olho na implantação da rede 6G. A Alliance for Telecommunications Industry Solutions (Atis) anunciou, recentemente, que deseja criar uma aliança chamada Next G, para que as inovações da internet sejam predominantemente do continente.
Google, Samsung e Microsoft fazem parte da união. O Japão também entrou para a corrida. Um recente relatório de uma empresa econômica do país, indicou que estratégias estão sendo planejadas para a implantação de um “pós-5G”.