Nesta quarta-feira (02) o Twitter decidiu por expandir a ferramenta de sua política de regras contra conteúdo com teor discriminatório. Dessa vez a ampliação vai focar em um público específico que são vítimas da propagação de discursos de ódio nos espaços virtuais.
Para combater de fato as condutas de fundamento desumanizador, a rede social pretende agir com rigor, isto é, removendo qualquer conteúdo que julgue inapropriado e com essa intenção. Em sua página, o Twitter segue afirmando o seu compromisso de liberdade de expressão, mas observando determinadas condutas que expõe grupo de pessoas.
“Tem muito verme no nosso país e eles têm que ir embora”. Esse é apenas um dos exemplos publicados na plataforma e que demonstram o quão pode ser ameaçador o tom das mensagens, e que mesmo que explicitamente devem ser monitorados e proibidos para não colocar ninguém em risco.
Raça, etnia e nacionalidade entram no rol da política
A ampliação da proibição de discursos de ódio no Twitter abarcará a partir de agora categorias de raça, etnia e nacionalidade. Qualquer publicação em sua plataforma que contenha linguagem com matéria de tom desumanizante deverá ser apagada.
Esse endurecimento nas regras de uso da rede social vem sofrendo atualizações frequentes, considerando os diversos contextos políticos, sociais e culturais. Em meados de 2019, o Twitter passou a coibir discursos de ódio com enfoque em religiões e castas, mais tarde realizou o acréscimo de doenças, deficiências e faixa etária.
Segundo especialistas, gerenciamento é ineficaz
Especialista em segurança de conteúdo na web tendem a afirmar a favor da falta de gerenciamento eficaz contra condutas de ódio e que isso fica claro na prática quando as plataformas além de não monitorar com precisão a aplicação de suas regras, ainda demoram para remover os conteúdos restritivos.
O Twitter reconhece que ultimamente as redes sociais vem sendo alvo de críticas frequentes quando o assunto é a política de moderação de conteúdos postados, algumas que acusam a remoção de postagens como cerceamento da liberdade de expressão.
Em setembro o Facebook também pôs em prática novas regras com o intuito de conter a desinformação e os discursos de ódio. Uma das medidas foi monitorar perfis com reincidência da prática, sendo proibidos de gerar novo conteúdo com o mesmo objetivo.
Definição de discurso de ódio
Segundo o site do Senado Federal, o que caracteriza discurso de ódio é o tipo de violência verbal que dissemine a não aceitação da diversidade de determinados grupos sociais. Neste caso, faz-se menção a questões de raça, gênero, etnia, orientação sexual, sexo, entre outros.
A internet em muitos casos, amplia uma questão que infelizmente já era vista em outros ambientes. Políticas voltadas para combater esse tipo de postura nas redes sociais são importantes e o Twitter vem se destacando dentro dessa perspectiva.